26 de abril de 2010

Névoa

Tudo perde a graça
mais uma vez.

Lilith me abraça, cantando uma doce canção:
As maçãs
Envolvem os corpos nus
Nesse rio que corre
em veias mansas...
Dentro de mim

E pra mim só há uma coisa nesse mundo que interessa:
O seu sorriso.

E eu preciso de seu sorriso todos os minutos.

Quando passa o tempo sem ti...
Lilith se recosta em meu espírito, jorrando sangue de canções:
Quieta
A serpente
Se enrola nos seus pés.

E Lilith, sussura, puxando a mecha do meu cabelo que tampa minhas orelhas, como se já não doesse:
Você a ama.

O que eu faço?
O que eu faço?
A espera, a esperança...

Preciso de você agora, porque nada dura pra sempre.
Preciso de você agora, porque tenho muito amor pra derrubar em seus problemas.

Lilith, pare de piscar pra mim.
Eu a amo,
demônia.








tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac. tic-tac.

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